CONTOS COM PALAVRAS E EMOÇÕES
|Recursos suprassegmentais e paralinguísticos aliados à compreensão da linguagem e emoção |
Era uma vez um conto…
Os contos são surpresas
capazes de impulsionar o desenvolvimento da linguagem, da comunicação e dos
afetos. Entrar
no maravilhoso mundo das histórias de encantar permite não só fantasiar e dar
asas à imaginação, como também conhecer o outro. Através do comportamento da
pessoa que conta a história conseguimos aceder a si e às suas emoções. Analisar a
diversidade de possibilidades para a criação de grandes momentos de expressão é
um desafio fundamental no auxílio à compreensão do que se pretende transmitir.
Já alguma vez se sentiu “enfeitiçado” pela forma como contam a história e não apenas pelo conteúdo da história em si?
Treinar e desenvolver no discurso os aspetos associados ao tom de voz, ao ritmo, aos contornos entoacionais, à expressão facial, aos gestos, à proximidade/distância física, entre outros, torna-se essencial para facilitar a compreensão do conteúdo presente no livro e da mensagem desejada.
A utilização destas
referências, que contemplam alguns dos recursos suprassegmentais e
paralinguísticos, facilita o acesso ao significado, orienta para a interação, dá
ênfase ao que parece ser mais importante, cativa o imaginário, chama a atenção
para determinados elementos e transmite atitudes. São
também mediadores do estado emocional da pessoa e/ou das personagens: se estas manifestarem
tranquilidade, estaremos tranquilamente envolvidos e se estiverem mais ansiosas,
poderemos estar mais inquietos.
O modo entusiasmante fascina-nos e desperta-nos curiosidade de continuarmos a ouvir!
Recordamos assim a importância da emoção acompanhar o nosso dia a dia e
o papel imprescindível que tem no complemento das nossas palavras, do nosso
discurso e da nossa própria postura.
Compreende-se assim, que a comunicação verbal e não
verbal fazem a dupla perfeita, uma vez que transmitem e permitem conhecer o
estado emocional da pessoa que se encontra perante nós, daí a importância de
nos deixarmos livre e espontaneamente inspirar para que aquilo que esteja a ser
transmitido seja coerente com o nosso estado emocional.
O que dizemos e como o
dizemos poderão ser encarados como superpoderes no envolvimento do outro e uma
alavanca para a aprendizagem.
E já agora, “quem conta
um conto acrescenta um ponto”?
Consideramos que devemos
acrescentar vários que nos auxiliem a melhorar as nossas histórias e
interações.
Acrescentem pontos aos
contos e divirtam-se!
Olímpia Moreira e Marina Santos | IPNP Saúde
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