O que fica de mim?

Violência nas Relações de Intimidade (VRI), integrada no conceito de violência doméstica, diz respeito à violência praticada por parte de um/a parceiro/a íntimo/a adulto/a numa relação de intimidade, seja esta atual ou passada.

É um fenómeno transversal a todos os países, culturas e sociedades, podendo ocorrer no contexto de uma relação hétero ou homossexual, entre cônjuges ou entre parceiros/as que não coabitem.

A VRI é considerada um fenómeno relacional, multifacetado e complexo e pode incluir a violência física, psicológica e sexual.

As consequências tanto físicas quanto psicológicas são extensíssimas, sendo que na maioria das situações as vítimas desenvolvem problemas psicológicos ou mesmo quadros clínicos, como depressão, ansiedade, pânico, stress pós-traumático, disfunção sexual, entre outros.

A duração e a gravidade determinam, muitas vezes, os danos físicos e emocionais vivenciados pela vítima, sendo que o pior resultado que por vezes origina é a morte da mesma.

A exposição à violência na infância e/ou adolescência é considerada um fator de risco com maior propensão para a vitimação em contexto de VRI e tem sido fortemente associado a uma dificuldade em manter relacionamento de intimidade na adolescência ou vida adulta e de autorregulação emocional.

Outros fatores de risco têm sido associados aos comportamentos violentos, nomeadamente as características do meio social, vivência de práticas violentas na infância, variedade de experiências precoces negligentes e/ou abusivas, baixo poder socioeconómico, crenças/atitudes legitimadoras de violência, desemprego, história criminal, problemas comportamentais na infância e adolescência (e.g. raiva e hostilidade), associação a pares antissociais, fraco suporte social e emocional, perturbações da personalidade, autoperceções negativas (e.g. autoestima), padrões de vinculação inseguros e abuso de substâncias.

É importante estarmos atentos/as aos sinais de alerta e imperativo ajudar a vítima a procurar ajuda de forma a garantir uma proteção e intervenção especializada. O encaminhamento eficaz para as estruturas de apoio a vítimas de violência doméstica e a intervenção psicológica são cruciais para travar as situações de violência, evitar consequências mais graves e diminuir o sofrimento e a dor da  vítima.

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Psicologia Clínica Forense | IPNP Saúde 

 



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