Ansiedade na criança: qual o envolvimento dos pais na terapia?
A pandemia tem conduzido a um aumento evidente das situações de ansiedade. Habitualmente, quando são as crianças a manifestar sintomatologia ansiosa, os pais tendem a procurar o apoio de um/a especialista que ajude a criança a lidar com os seus sentimentos e receios, de modo a reencontrar o seu bem-estar psicológico.
A tónica do problema é, por isso, muitas vezes, colocada na criança. A família apresenta um discurso centrado na criança e na sua dificuldade em alterar o seu comportamento e estado de humor.
Como ajudar esta criança? Será a intervenção exclusiva com a criança suficiente?
A Terapia Familiar vê a família como um sistema vivo em permanente mudança e interação com o seu contexto, assumindo a relação entre os seus elementos particular importância. Deste modo, a preocupação do terapeuta não é a patologia da criança ou a “disfuncionalidade” da família, mas sim, todos, a criança, a família e, eventualmente, os outros sistemas afetados pelo problema.
Optamos, assim, por uma perspetiva familiar e sistémica que rompe com um paradigma individualista e patologizante. Quando surge um problema que se torna visível na criança, todos são chamados a descobrir e acionar competências e recursos numa mudança que se pretende relacional e coletiva.
Rita Sá
Consulta de Pais/ Terapia Familiar
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