Sinto que ninguém gosta de mim....

Muitas pessoas, mais do que imaginamos, não se sentem suficientemente amadas, inclusive pelos que lhes são mais próximos. Elas próprias, por muito que tentem, não conseguem gostar minimamente de si, ou seja, têm uma baixa autoestima!

E o que é isto de baixa autoestima? Esta traduz-se essencialmente em sentimentos de infelicidade e insatisfação consigo próprio/a, em que a pessoa tende a desvalorizar-se, desrespeitar-se, rejeitar-se e/ou desprezar-se constantemente, desejando ser de outra forma.


Uma baixa autoestima pode estar associada, por exemplo, a uma depressão, envolvendo sentimentos de grande tristeza, desmotivação, desesperança face ao futuro e, em casos mais graves, até tendências suicidas. Esta pode existir em qualquer faixa etária - crianças, adolescentes, adultos ou idosos.


O sofrimento associado tende a ser avassalador, interferindo com todas as áreas da sua vida - pessoal, familiar, social, académica e/ou profissional. Tudo na vida da pessoa é afetado por este sentimento constante de falta de amor!


As pessoas com baixa autoestima tendem a sentir que nada dá certo, que por muito que se esforcem ninguém as valoriza, estando muito dependentes e à mercê do afeto e aprovação dos outros. Dificilmente se sentem seguras e confiantes em si, nos outros, na vida, tendendo a sentimentos de solidão, desamparo e medo. 


Alguns sintomas podem ser: enaltecimento dos próprios defeitos e das qualidades dos outros, grande exigência consigo próprio/a, indulgência com os outros, tendência ao perfecionismo, falta de confiança na própria opinião, medo de enfrentar desafios, ansiedade e agitação emocional constante, dificuldade em aceitar as próprias limitações, timidez excessiva, medo da rejeição, procura constante de elogios e reconhecimento externo, tendência à preguiça e procrastinação, tendência para se comparar com os outros, dificuldade em lidar com a crítica e em reconhecer os próprios sucessos e vitórias, entre outros.


Os motivos que levam a uma baixa autoestima devem ser, antes de mais, compreendidos. Muito provavelmente estarão relacionados com a forma como relações mais precoces do desenvolvimento foram vivenciadas, interiorizando-se desde essa altura determinado padrão relacional de desamor, rejeição e/ou desvalorização que se mantém e prolonga internamente ao longo da vida. Já em idade adulta, a pessoa terá dificuldade, por exemplo, em acreditar/sentir que alguém se aproxima simplesmente porque gosta dela.


Experiências precoces, da infância e/ou da adolescência, em que predominam, por exemplo, o castigo, negligência, abuso e violência de qualquer tipo, preconceito, parentalidade severa, intimidação, falta de elogios, carinho e valorização, podem de facto estar na origem de uma baixa autoestima.


Sendo assim, torna-se fundamental procurar ajuda profissional especializada! 
Um psicoterapeuta poderá ajudar, antes de mais, a compreender de onde vem este sentimento de desamor, poderá ajudar a uma ressignificação de si através da relação terapêutica, a alterar determinado padrão relacional, introduzindo novas alternativas de relacionamento, consigo próprio/a e com os outros, mais saudáveis e reforçadoras do seu valor… poderá ajudar a diminuir ou superar sentimentos de culpa irrealistas, a não se comparar tanto com os outros, a não generalizar determinadas dificuldades, a ser mais compassivo/a e tolerante com os seus erros, a aprender a valorizar os seus sucessos e vitórias… enfim, a aceitar-se melhor como é, a gostar mais de si, sentindo, pensando e agindo de forma mais saudável e ajustada.

 

Não permita que uma baixa autoestima continue a afetar de forma tão significativa o seu bem-estar e qualidade de vida, e comprometa de forma grave a sua saúde mental! Existem profissionais especializados que o/a podem ajudar!

 

“Amar a si mesmo é o começo de um romance para toda a vida.” (Oscar Wilde)

 

Para mais informações e/ou marcação de consulta, contacte-nos.

A sua saúde e bem-estar sempre em primeiro lugar!

 

Célia Baldaia 

Psicologia Clínica e Psicoterapia | IPNP Saúde

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