Brincar é a forma mais sublime de descobrir! (Albert Einstein)
Brincar faz parte da nossa herança evolutiva e ocorre em várias espécies dentro do reino animal; desde invertebrados, tais como o polvo, o lagarto, a tartaruga e a abelha, a mamíferos, como ratos, macacos, e seres humanos! Brincar é um dos sistemas emocionais inatos no mesencéfalo.
Os objetivos são os mesmos para todos as idades: gerar satisfação e prazer, desenvolver capacidades, criar novas possibilidades sociais e cognitivas, e gerir o stress!
De forma muito natural, é mais frequente e aceite na criança. Aliás o brincar é, ou deve ser, a profissão na infância, contribuindo para todos os domínios do desenvolvimento.
Mas qual o poder do brincar?
O poder é gigante! Através da brincadeira, as crianças exploram, criam e recriam um mundo próprio que podem controlar, através do qual é possível desenvolverem novos comportamentos e construírem novos conhecimentos acerca de si e do mundo que as rodeia (Pellis & Pellis, 2009).
No campo das relações e das emoções, o brincar permite a expressão de conflitos e afetos, tornando-se numa via de expressão daquilo que não é atingível através da linguagem. Aqui, no brincar, a criança pode dar nome, de forma menos assustadora e avassaladora, aos seus fantasmas internos e derrotá-los de modo simbólico. Ela expressa-se e expressa o seu mundo e a forma como o vê. Pode recriá-lo, procurando, inventando e experimentando novas formas que lhe permitam uma maior compreensão da realidade e das relações. Prepara, assim, o futuro e aprende novas formas, mais ajustadas e eficazes, de resolver as situações presentes no dia-a-dia.
Aprendem a trabalhar em grupo, a negociar, partilhar, a defenderem-se a elas mesmas de forma assertiva e a tomar decisões de forma autónoma. Desenvolvem a resiliência, através da aprendizagem pelo erro e pela conquista.
Logo, brincar é fundamental para o desenvolvimento mental, tornando-nos mais fortes e mais capaz de lidar com o dia-a-dia!
Neste sentido, é fundamental permitirmos às crianças brincar, brincar livremente. Deixá-las ser quem são, explorarem-se, serem elas mesmas…pois brincar é essencial! Não é supérfluo, não é só para passar o tempo, preencher o vazio ou se divertir. É um direito e uma necessidade.
Convidamo-lo/a a (re)ver os nossos especialistas do Brincar!
Olívia Campos, Diana Sá Moreira e Valéria Sousa-Gomes
Terapia Ocupacional e Psicologia Clínica e Psicoterapia | IPNP Saúde
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