Entrelaçadas nos seus múltiplos compromissos, papéis e desejos: AS MULHERES!

A mulher atual tem assumido uma série de papéis, com transformações nas suas rotinas, aspirações, projetos de vida e na procura de bem-estar psicológico; não só para si, mas também de quem a rodeia.

Vistas desde sempre como cuidadoras, primeiro dos homens, depois das crianças e, por fim, dos idosos, exercem papéis de esposa, mãe e filha, mulher, onde se vêem responsáveis pelo equilíbrio e harmonia familiar e com pouco espaço/tempo para si. 

Hoje, a mulher contemporânea investe, legitimamente, cada vez mais na sua vida/papel profissional, procurando novas oportunidades, conquistas e novos estilos de vida, o que é notório pelo crescimento significativo da mulher no mercado de trabalho e em diferentes sectores da atividade social, económica e política do país. Os múltiplos papéis e o acréscimo de funções, exige da mulher mais responsabilidades e tarefas que se acumulam às expectativas e pré-conceitos socialmente impostos.

Alguns estudos, revelam que um estilo de vida com múltiplos papéis beneficia tanto a saúde física quanto o bem-estar psicológico, uma vez que, ao desempenhar vários papéis os indivíduos não acumulam apenas novas funções e/ou obrigações, mas também passam a ter novas oportunidades para receberem recompensas, sejam elas físicas ou emocionais, favorecendo o bem-estar psicológico. Depreendemos, por isso, que mulheres que não possuam uma atividade fora do lar, poderão estar a ser restringidas a outras fontes de gratificação e realização pessoais.

Contudo, estar envolvida numa multiplicidade de papéis sociais e as condições adversas que enfrenta no mercado de trabalho (por exemplo, a pressão para ser uma profissional bem-sucedida), faz também com que possa estar, frequentemente, exposta a vários momentos ou fatores causadores de stress, com impacto ao nível do bem-estar psicológico.

Com regularidade experimentam o sentimento de fracasso, de não estar à altura das expectativas. Mas de quem ou do quê? Normalmente não é das próprias, mas sim algo abstrata e ancestralmente definido. São necessárias, por isso, mudanças nas oportunidades, apoios e expectativas sociais de “super-mulheres”. 

Uma visão humana, de partilha e de tolerância urge! Mesmo desempenhando múltiplos papéis, a qualidade de vida, a saúde e o bem-estar psicológico são imprescindíveis, e a realização e a gratificação terão de se sobrepor às preocupações. 

espaço afetivo de crescimento e suporte, onde cada um pode encontrar o seu lugar! Neste sentido, a terapia familiar, aliada a uma psicoterapia individual, poderá ser uma resposta adequada a esta relevante problemática.



Cristina Silva
Psicologia Clínica e Psicoterapia | IPNP Saúde


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