Assexualidade: Quando o amor e o sexo não andam de mãos dadas

Atualmente fala-se com maior naturalidade sobre a homossexualidade, a bissexualidade ou a pansexualidade, descobrindo-se novas orientações sexuais que estão longe da heterossexualidade normativa imposta, há séculos, em tantas sociedades. Tal facto incentiva a que cada um defina a sua orientação sexual de forma muito particular e individual

Sendo a orientação sexual algo que engloba a atração erótica, sexual, emocional e/ou romântica, quando se fala em assexualidade, entra-se num universo onde as pessoas não sentem atração sexual por ninguém, o que não significa, contudo, que não se possam apaixonar. Apenas não se sentem motivados pelo sexo, não pretendendo manter relações sexuais de nenhum tipo, com ninguém.

À semelhança de outras orientações sexuais mais conhecidas, a assexualidade não é uma consequência, mas sim uma escolha, refletindo uma falta de interesse em sexo, e não medo ou aversão por ele.  As pessoas assexuais podem apaixonar-se, viver o amor romântico, desfrutar dos beijos e abraços, e até desejar sentir essa conexão especial com alguém, mas sem que tenham desejo por sexo.

Normalmente, a tendência das pessoas assexuais parece ser a busca por parceiros/as igualmente assexuais, o que não invalida que não venham a ser felizes em casal com alguém que não o seja. Não rejeitam o sexo, simplesmente não se sentem atraídos/as pelas pessoas nesse sentido. Tal não invalida que não tenham sexualidade, ou não desfrutem dela. Uma coisa é o desejo sexual e outra a atração por alguém.

A assexualidade é, simplesmente, uma forma de viver e de entender os relacionamentos diferente da maioria das pessoas. Afinal, o amor e o sexo não têm que estar sempre de mãos dadas…

 


Ana Medeiros
Sexologia Clínica| IPNP Saúde

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