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“Tenho um/a filho/a com hiperatividade. E agora?”

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A P erturbação de H iperatividade e D éfice de A tenção , comummente  conhecida por PHDA , é uma perturbação caracterizada pela dificuldade de atenção e um elevado nível de energia/atividade e impulsividade. Embora a sua manifestação ocorra sobretudo nos primeiros anos de vida, e seja uma patologia normalmente associada à criança ( é normalmente é uma patologia associada à criança ) , a PHDA também se verifica nos/as adolescentes e adultos/as , sendo que nestas idades o défice atencional predomina sobre a agitação motora . Os principais sinais associados centram-se no descontrolo dos comportamentos específicos da idade e em dificuldades ou comprometimento do funcionamento global, ao nível escolar, profissional e/ou relacional.  A PHDA distingue dois grupos de sintomas:   1. De dificuldades de atenção 2. De hiperatividade e impulsividade .: Sintomas de dificuldades de Atenção: este grupo centra-se na qualidade da realização das tarefas da rotina diária da criança e/ou adolesce

O que fica de mim?

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A  V iolência nas R elações de I ntimidade (VRI), integrada no conceito de violência doméstica, diz respeito à violência praticada por parte de um/a parceiro/a íntimo/a adulto/a numa relação de intimidade , seja esta atual ou passada. É um fenómeno transversal a todos os países, culturas e sociedades, podendo ocorrer no contexto de uma relação hétero ou homossexual, entre cônjuges ou entre parceiros/as que não coabitem. A VRI é considerada um fenómeno relacional, multifacetado e complexo e pode incluir a violência física, psicológica e sexual. As consequências tanto físicas quanto psicológicas são extensíssimas, sendo que na maioria das situações as vítimas desenvolvem problemas psicológicos ou mesmo quadros clínicos , como depressão, ansiedade, pânico, stress pós-traumático, disfunção sexual, entre outros. A duração e a gravidade determinam, muitas vezes, os danos físicos e emocionais vivenciados pela vítima, sendo que o pior resultado que por vezes origina é a morte da

Vida suspensa…

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E stamos em julho num fim de tarde quente e tranquilo.  Luís, 27 anos, é um jovem pacato e descontraído que adora o seu trabalho como farmacêutico. É culto, interessa-se pela história de arte e pelas “coisas” do mundo em geral. Já em setembro irá casar e está tudo organizado; até porque não aprecia “imprevistos”.    Num sopro, a vida em suspenso... sofre um violento acidente de viação com multitraumatismos, ficando inconsciente e em estado grave.  Seguem-se meses de coma, cirurgias, longos períodos de recuperação, perda de emprego, família e rede social devastados e tantas outras consequências num efeito de dominó.    Esta é a história real de uma de entre muitas vítimas de traumatismos cranioencefálicos (TCEs), um importante problema de saúde pública, que origina, frequentemente, a morte, lesões e incapacidades de pessoas jovens, produtivas e com uma longa esperança de vida.    O impacto nas dimensões físicas, neuropsicológicas, comportamentais, emocionais e sociais que afetam não só

“ÀS VEZES SINTO TANTA RAIVA!”

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E is uma emoção pouco falada abertamente, dada a conotação negativa e preconceito em que está envolta. Muitas são as pessoas que se sentem desta forma. Muitas são também as que não a querem reconhecer em si, pelo receio/medo, vergonha, culpa, que o confronto consigo mesmo/a acarreta; ou no Outro, pelo medo do conflito e/ou rutura. Compreenda-se então melhor o que é a raiva , de onde vem , quando deixa de ser «normal» e se torna patológica , como lidar com ela de forma mais saudável e ajustada . A R aiva é uma emoção básica que, tal como o medo, tristeza e alegria, por exemplo, tem uma função importante na vida do ser humano, principalmente no que diz respeito à sua sobrevivência. Normalmente, apresenta-se como um meio natural de avaliar o meio envolvente e de reagir de forma adaptativa. Constitui-se uma resposta física e mental a situações percebidas como erradas, injustas, prejudiciais e/ou ameaçadoras , envolvendo habitualmente grande insatisfação/frustração de determin

A Importância das Fantasias na Relação Amorosa

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A s fantasias sexuais alimentam a vida sexual, no entanto, devido a tabus culturais tão enraizados, muitas vezes a simples ideia de as verbalizar e/ou partilhar com os/as parceiros/as, cria ansiedade e vergonha. Esquecemo-nos que as fantasias , quando bem exploradas, podem dar azo a uma maior consciência de nós mesmos, constituindo importantes fontes de informação sobre o mundo interior de cada um/a e as dinâmicas da relação do casal.  A imaginação erótica e a compreensão das fantasias eróticas, podem ajudar a compreender o que se procura a nível sexual e emocional, pelo que, dar-lhes voz, pode libertar-nos de muitos obstáculos que impedem o prazer. As fantasias são uma componente natural de relações saudáveis, sendo uma das mais poderosas ferramentas para manter vivo o Desejo. Elas estabelecem a ponte entre o possível e o permissível, tendo um grande poder de cura e de renovação. Como Esther Perel refere “através da fantasia, reparamos, compensamos e transformamos” ;   podemos

“Estou preocupado! Estou com dificuldade em lembrar-me!”

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C om o passar dos anos as nossas conexões neuronais podem ficar enfraquecidas , e numa grande maioria das vezes, associamos o esquecimento ao envelhecimento . Se pensarmos no exemplo dos carros, podemos verificar que ao longo do tempo importa cada vez mais fazer uma revisão, e sabemos que quanto mais cuidarmos do carro mais km´s fará e melhor qualidade de “vida” terá.  S erá o nosso cérebro diferente?  Os nossos neurónios têm a capacidade de fazer milhares de ligações com outros neurónios , o que permite formar redes neuronais. Estas conexões não são estáticas , uma vez que sofrem alterações ao longo do tempo.  Com o passar da idade há uma maior prevalência para o desinvestimento em atividades do dia a dia . Tal fenómeno fará com que sejam enviadas ao nosso cérebro menos informações o que irá contribuir para que os nossos neurónios comecem a enfraquecer as conexões, o que por sua vez, poderá evoluir para lacunas na memória. P orque é tão importante “cuidarmos” da nossa memória? A me

O mundo de pernas para o ar!

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A o longo do seu crescimento as crianças são expostas a inúmera situações que são muitas vezes experienciadas como angustiantes e perturbadoras , e onde o mundo (interno) poderá ficar de “pernas para o ar”. Exemplos disso poderão ser episódios de exposição a violência, ameaça à integridade de um dos cuidadores, violência emocional/sexual/física, negligência, divórcio/separação, depressão materna, situações de quarentena/isolamento, entre outros. Perante estes acontecimentos, a criança pode sentir-se paralisada e/ou incapaz de organizar os pensamentos, emoções e lidar com a situação, decorrentes quer da sua percepção de vulnerabilidade e perigo, quer da dificuldade de dar significado e compreender o que está a acontecer.   Compreende-se por isso que eventos com elevados níveis de stress, interfiram com o desenvolvimento da criança, com a sua capacidade de simbolizar, ou mentalizar, podendo inclusivamente potenciar “leituras” e interpretações desadequadas do mundo e das relações com

CONTOS COM PALAVRAS E EMOÇÕES

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|Recursos suprassegmentais e paralinguísticos aliados à compreensão da linguagem e emoção | E ra uma vez um conto… Os contos são surpresas capazes de impulsionar o desenvolvimento da linguagem, da comunicação e dos afetos. Entrar no maravilhoso mundo das histórias de encantar permite não só fantasiar e dar asas à imaginação, como também conhecer o outro. Através do comportamento da pessoa que conta a história conseguimos aceder a si e às suas emoções . Analisar a diversidade de possibilidades para a criação de grandes momentos de expressão é um desafio fundamental no auxílio à compreensão do que se pretende transmitir. J á alguma vez se sentiu “enfeitiçado” pela forma como contam a história e não apenas pelo conteúdo da história em si?           Treinar e desenvolver no discurso os aspetos associados ao tom de voz, ao ritmo, aos contornos entoacionais, à expressão facial, aos gestos, à proximidade/distância física, entre outros, torna-se essencial para facilitar a compreensão do