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A Masturbação: Desmistificação de um Tabu

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Sozinh@ e/ou acompanhad@, a masturbação é um ato físico normal, que só se torna um problema se interferir na dinâmica dos relacionamentos e/ou na rotina diária . No entanto, por desinformação e/ou mitos e tabus em torno desta prática, ainda hoje existe um estigma em relação à masturbação, que nada mais faz se não interferir na relação que temos com nós mesmos e, por acréscimo, na vivência íntima com o Outro. Historicamente, em especial a masturbação feminina, tem sido vista como assunto tabu, algo perigoso, sujo e que “não se faz”, ou que “é pecado” .  Esquecemo-nos dos inúmeros benefícios que tem para a saúde, seja a redução do stresse e das insónias, o aumento da autoestima e da concentração, e uma maior lubrificação vaginal e, consequentemente, menor dor no ato sexual, entre outros.  Está, por isso, na hora de desmistificar alguns mitos: 1)    Pessoas em Relacionamentos não se Masturbam (A masturbação é algo que acontece estando num relacionamento, ou sozinh@. E não é sinal de tr

Lesão cerebral: o que esperar de um plano de reabilitação neuropsicológica?

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A  reabilitação neuropsicológica  na lesão cerebral tem assumido uma cada vez maior expressão clínica e social, devido ao aumento da sobrevida, o  desenvolvimento de práticas mais eficazes e um maior investimento na qualidade de vida .  A par disso, o desenvolvimento das neurociências, tem demostrada de forma inequívoca a capacidade do cérebro para se reorganizar e recuperar a funcionalidade, através da diversidade de experiências e da estimulação. Falamos da potencialidade inerente à  plasticidade cerebral .  Deste modo, é possível elaborar e implementar planos de reabilitação neuropsicológica, com o objetivo primordial de devolver a integração e o bem-estar das vítimas de lesão cerebral.  Mas o que esperar de um plano de intervenção neuropsicológica?  1. Antes de mais é estimada a causa, natureza, extensão e gravidade da lesão, uma vez que uma mesma lesão poderá produzir alterações muito distintas em pessoas diferentes;  2. Mediante esta avaliação será elaborado um plano individualiz

IPNP SENIOR CITIZEN

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Num determinado momento da nossa vida , e muitas vezes sem planeamento prévio, vemo-nos envolvidos num processo de prestação de cuidados a um/a familiar.  Agora, no papel de cuidador/a, terá de se assumir uma multiplicidade de tarefas de elevada complexidade e tomar decisões num curto espaço de tempo , muitas vezes sem grande consciência das reais necessidades e exigências do processo de cuidar, nem tão pouco do impacto que um processo de dependência pode ter na nossa vida e na estrutura familiar.  Acresce ainda o facto que, em muitas casos, a situação se prolonga por anos e no sentido de uma cada vez maior dependência e/ou mesmo perda total da autonomia.  Preparar-se para esta imprevista inversão de papéis onde, num ápice, quem cuida passa a ter que ser cuidado , requer apoio de uma equipa especializada , com conhecimento aprofundado nesta área de intervenção, realizando assim um planeamento sequencial e gradativo de ação, em função das reais necessidades , da situação clínica do

O QUE É A DEMÊNCIA? QUAL A IMPORTÂNCIA DA NEUROPSICOLOGIA?

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A   Demência   é considerada uma das doenças mais exigentes da atualidade, dado o grande  impacto que tem na vida da pessoa e dos que a rodeiam , principalmente dos que cuidam e estão mais próximos. A necessidade de adaptação a novas e, muitas vezes abruptas, condições/mudanças, pode envolver grande dificuldade e complexidade, sendo fundamental o recurso a diversos apoios, sejam eles pessoais, sociais e/ou profissionais.   A Demência é uma  perturbação neurocognitiva adquirida , mais frequente em idades avançadas, que envolve um declínio cognitivo significativo, em comparação com o nível de desempenho prévio, em um ou mais dos seguintes domínios – atenção complexa, função executiva, aprendizagem e memória, linguagem, programação motora ou cognição social.  O problema surge de alterações cerebrais (caráter orgânico), sem que inicialmente exista perturbação do nível de consciência.   A severidade do  deficit  cognitivo na demência interfere com o normal funcionamento familiar, social e o

"Nunca fui bom a matemática | A minha memória nunca foi boa | Sou péssima a desenhar”

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Quem nunca disse, ou pensou, algo absoluto e negativo acerca de si?   Esta sensação de incapacidade é alicerçada na experiência que, inevitavelmente, tem muito de subjetivo e nem sempre é congruente com a realidade, o que pode significar que pode esconder um mundo imenso de competências. A capacidade real do cérebro humano é imensurável sobretudo devido a um mecanismo de que se vai ouvindo falar com maior frequência, mas com um significado por vezes pouco claro: a neuroplasticidade . Neuroplasticidade é no fundo o termo que descreve a capacidade do cérebro para mudar e se reorganizar com a experiência, otimizando a sua função . É o que permite que todas as competências cognitivas, emocionais ou relacionais sejam passíveis de evolução mediante a intervenção adequada. No entanto, a neuroplasticidade só é possível mediante a fisiologia própria da unidade estrutural do Sistema Nervoso: o neurónio . Uma das particularidades do neurónio consiste na sua capacidade de se desenvolver com a est

TU, EU E O(S) NÓS!

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A   relação amorosa  é um constructo complexo, com múltiplas variáveis e processos que interferem na sua qualidade e estabilidade.    Para além das caraterísticas e experiências de cada um/a, que já são extraordinariamente complexas, acresce também as do/a parceiro/a, assim como a relação única e incomparável criada por ambos/as. São  três “mundos” que continuamente procuram criar pontes e espaços em comum .  A segurança, a capacidade de se “ligar”/entregar, de gerir os conflitos, a empatia, a proximidade, a confiança e a comunicação são dimensões interdependentes que determinam não só a satisfação conjugal e sexual, assim como o  bem-estar e a saúde mental de cada um dos/as parceiros/as .  Uma  comunicação de qualidade  apresenta-se como um fator importante para o ajustamento diádico (do casal), da satisfação sexual, da capacidade de ultrapassar os desencontros e obstáculos relacionais. Dialogar sobre si mesmo/a do que sente, deseja e/ou teme, de forma aberta, sem desconfiança, sem ev