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A mostrar mensagens de fevereiro, 2021

Tu também tens medo?

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Todos nós já sentimos medo. À medida que crescemos, que exploramos o mundo e vivemos novas experiências é quase inevitável não sentirmos receio.    Ao longo do crescimento, o medo toma diferentes formas: do escuro, de animais, de estranhos, de fantasmas, da perda da mãe ou do pai, da rejeição... São desafios com os quais todos nos fomos confrontando. O medo é sinónimo de desenvolvimento e da maior consciência que temos daquilo que nos rodeia, da nossa vulnerabilidade, e a sua tendência é para que se resolva e ultrapasse. Contudo, há fatores, quer sejam de natureza biológica, familiar ou dos contextos, que podem comprometer o desenvolvimento da criança, levando-a a evidenciar dificuldades na capacidade para gerir as situações e tornar o medo mais extremo e persistente, podendo gerar quadros de natureza fóbica.  Apesar de algumas crianças experimentarem situações assustadoras em alguns momentos, fobias severas e duradouras poderão levar a complicações de desenvolvimento e de ajuste emoci

Disfunção de Integração Sensorial

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Neste vídeo Susanne Smith Roley enumera alguns dos sinais que poderão indicar a existência de Disfunção de Integração Sensorial.   Torna-se difícil explicar como se manifesta esta disfunção, dado que não existem duas crianças em que as alterações sensoriais se expressem da mesma forma.    Normalmente, os pais/cuidadores são os primeiros a constatar que o desempenho dos seus filhos, nas diversas ocupações diárias, é diferente das outras crianças. No entanto, os profissionais que contactam diariamente com crianças e a comunidade em geral, devem ter conhecimento do impacto da Disfunção de Integração Sensorial na funcionalidade e qualidade vida, para que o encaminhamento para a Terapia Ocupacional seja realizado atempada e eficazmente.    Em caso de dúvida, não hesite em procurar um/a Terapeuta Ocupacional com especialização em Integração Sensorial.   No IPNP Saúde podemos ajudar.    Olívia Campos Terapia Ocupacional | IPNP Saúde 

Cuidar de quem Cuida

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Os Psicólogos, Terapeutas e Técnicos Especializados com intervenção em contexto escolar assumem um papel importante junto de cada um dos agentes educativos. No meio de tantas questões, urge que não esqueçam, também, do papel a desempenhar junto de si mesmos, por forma a poderem continuar a ser uma mais-valia para a sua comunidade educativa, é necessário que cuidem do seu bem-estar.   Pela importância e valor inegável, que estes profissionais assumem em contexto escolar, nunca é de mais relembrar:  •  Não esquecer de validar os seus próprios sentimentos: é natural sentir ansiedade, medo, frustração, culpa, exaustão ou incapacidade.  •  Cuidar de si, sem sentimento de culpa por reservar tempo para isso. Este “cuidar” é essencial à manutenção da sua capacidade de cuidar dos outros. Descanse, faça pausas, alimente-se de forma saudável, faça exercício físico regular, mantenha contacto com familiares e amigos por videochamada, e procure ter tempos para atividades de lazer

Quanto mais me bates...

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Estamos no mês do amor, dos/as namorados/as, o mês onde celebramos as relações. Um relacionamento, seja de que natureza for, pressupõe confiança, honestidade, respeito, igualdade e compromisso. Uma relação de foro mais íntimo e amoroso deverá, por certo, assentar no mesmo pressuposto. Todas as relações são únicas, todas diferentes e por vezes com sinais que são ignorados... como são alguns sinais latentes nas relações mais abusivas e violentas. Nestes relacionamentos existem padrões pouco saudáveis e muito  invasivos  que têm como objetivo o controlo e poder sobre as vítimas, muitas vezes e por mais evidentes que sejam os sinais, estes são difíceis de reconhecer.  É cada vez mais comum identificarmos sinais de violência nos relacionamentos afetivos dos mais jovens, que t razem um impacto negativo ao seu desenvolvimento, repercutindo na forma como se veem, como se colocam em perspetiva e de como se irão relacionar no futuro.  Em Portugal “ 58% de jovens que namoram ou já namoraram sofre

Orientação Vocacional @Distância? Porque não?!

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O processo de  orientação vocacional e de carreira  é um processo dinâmico com o qual muitos jovens se debatem neste momento: quer a tomada de decisão pela área ou tipologia de curso a seguir no ensino secundário, quer do curso a seguir após o ensino secundário ou mesmo uma possível reorientação de carreira.    Associada a um processo de orientação vocacional surge também, frequentemente, a ideia de que é preciso ter certezas para poder decidir, o que provoca muitas vezes sentimentos de dúvida, ansiedade e insegurança. Neste sentido, recorrer a um apoio especializado pode ajudar a construir um projeto de vida que favoreça a sua identidade pessoal e uma maior autonomia e segurança na tomada de decisão e na sua relação com o mundo do trabalho.   Sendo esta uma tarefa complexa, associada ao momento atípico que todos estamos a viver é importante perceber que continuamos por aqui, para o/a ajudar e para que não viva todo este processo sozinho/a. No IPNP reestruturamos a nossa intervenção

Uma pandemia lenta e silenciosa

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Paralela a esta pandemia tem surgido uma outra que lenta e silenciosamente tem sido galopante no impacto que tem tido em muitos de nós. Estamos a falar da pandemia de saúde mental que tem feito disparar os pedidos de ajuda nesta área.    Naturalmente que este dado é também revelador de uma maior sensibilização para o facto de que estando bem, sentimo-nos mais capazes para gerir as exigências familiares e profissionais, e os desafios que o confinamento nos vai colocando.    Contribui para este aumento também uma diminuição do estigma associado à psicologia e à psiquiatria, que por vezes são associadas a aspetos negativos. Na verdade, é necessária uma grande capacidade de reflexão e autoanálise para percebermos que não estamos bem e que nos motiva a pedir ajuda.   Por outro lado, podemos refletir sobre os vários motivos para o disparar da patologia na saúde mental, desde as consequências do distanciamento físico da família e amigos, às quebra de rotinas e do estilo de vida, instabilidade

O papel da Terapia Ocupacional na Demência

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A abordagem da Terapia Ocupacional pretende capacitar a pessoa para o envolvimento e desempenho satisfatório das suas ocupações no que diz respeito ao autocuidado, lazer e produtividade, de forma a promover a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida.   Sempre centrada na pessoa, nos seus interesses e necessidades, assim como nas ocupações significativas e no ambiente que a rodeia , a avaliação e intervenção podem ser realizadas no domicílio, em contexto clínico e em lares ou centros de dia. A Terapia Ocupacional assume um papel essencial na vida da pessoa com demência de forma a: ·      Capacitar para o desempenho das suas ocupações significativa s através do treino de atividades de vida diária (alimentação, vestir e despir, higiene pessoal e cuidar de dispositivos pessoais) e atividades de vida diária instrumental (preparação de refeições, gestão e manutenção da habitação, gestão financeira, gestão e manutenção da saúde, mobilidade na comunidade e prática religiosa)   ·      Auxiliar

Dificuldades e disfunções sexuais femininas

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A  sexualidade , vivida na sua plenitude, é importante na saúde física e mental, e abrange o sexo, a identidade, o género, a orientação sexual, o erotismo, o prazer, a intimidade e a reprodução. É experienciada e expressa através de sensações, pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas e relacionamentos. O  envolvimento sexual desejável  ajuda os homens e as mulheres a conseguirem alcançar uma vida mais saudável e agradável. Em circunstâncias alteradas, podem comprometer a saúde física e o bem-estar mental da pessoa.    Devido a diferentes  fatores biológicos, psicológicos e sociais , ocorrem dificuldades e/ou disfunções sexuais, caraterizadas por uma alteração clínica significativa na capacidade de uma pessoa responder sexualmente ou sentir prazer sexual.  No feminino, poderá ocorrer diferentes disfunções sexuais (APA, 2013), nomeadamente:  +   perturbação do orgasmo feminino : dificuldade em vivenciar o orgasmo e/ou uma notória diminuição da

Envelhecer: ganhar ou perder?

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O envelhecimento é um processo único , variando de pessoa para pessoa. Anna Morgan, de Massachusetts, antes de morrer, aos 101 anos, providenciou o seu próprio funeral. Questionada do motivo referiu “Não quero que meus filhos se preocupem com isso tudo isso. Sabe, eles são velhos”!!! Reflete uma perceção positiva da sua autoeficácia e do seu próprio envelhecimento.  Em muitos casos isto não ocorre. A perceção das várias perdas por parte do/a idoso/a, associada às alterações de rotina, aos constrangimentos e às mudanças nas relações com outros, favorecem uma maior fragilidade e vulnerabilidade psicológica e emocional. Uma atenção e sensibilidade redobradas aos sinais e sintomas são necessárias, diferenciado o normativo do patológico. Velhice não é sinónimo de depressão e de patologia mental.     Habitualmente quando falamos de alterações associadas ao envelhecimento são ativadas automaticamente as perdas/limitações. Contudo, apesar destas, há um conjunto de capacidades que se mantém e

Dicas para uma carta de apresentação com impacto!!

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Quando nos candidatamos a um emprego é sempre importante escrever uma carta de apresentação. Porquê?  Uma carta de apresentação que cause impacto pode ser o elemento diferenciador que nos pode dar oportunidade de sermos chamados para uma entrevista ou o elemento de “desempate” para uma contratação. É claro que o CV também é um elemento importante, mas este, ao contrário de uma carta de apresentação, é um elemento descritivo do nosso percurso profissional, não responde ao porquê de nos candidatarmos àquela vaga, nem qual é o nosso contributo para aquela empresa.  Por isso, a carta de apresentação deve ser um complemento ao CV e não uma duplicação. Que fatores a ter em conta ao escrever uma carta de apresentação que se destaque? 1.  Antes de escrever a carta, pesquise a empresa. Ao escrever a carta tenha em consideração os valores e missão da empresa e o anúncio a que se candidata. Procure mostrar porque se interessa pela vaga e aquilo que tem para oferecer à empresa.    2.  Ligue as co

É possível superar vivências traumáticas de infância!?

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Nem todas as pessoas tiveram uma infância predominantemente feliz! Nem todas tiveram a infância que deveriam/mereciam ter, com vivências suficientemente prazerosas e saudáveis. Muitas são as que passaram por situações traumáticas de grande sofrimento e mal-estar! O trauma envolve acontecimentos na vida da pessoa que implicam uma quantidade de «excitações» que superam a sua capacidade de tolerar e elaborar psiquicamente. Alguns exemplos desses aco ntecimentos podem ser a perda inesperada de alguém querido/significativo, violência física e/ou psicológica (ex.: agressão, maus-tratos, abuso sexual, negligência), doença (física e/ou mental) ou acidente grave pessoal e/ou familiar, que envolvem um trabalho psíquico de grande intensidade, exigindo que a pessoa disponha de “recursos internos capazes de reorganizar os elementos integrantes do Eu e a relação do Eu com o mundo externo” (Zavaroni & Viana, 2015, p. 332).     Neste sentido, é muito provável que as crianças, numa primeira infânci