Respiração Oral
O desenvolvimento da fala é um processo individual, depende de cada criança e é influenciado por diversos fatores.
Falar é um ato motor e está estreitamente relacionado com o desenvolvimento das estruturas e músculos da face (como os dentes, a língua, os lábios, as bochechas, entre outros).
A via preferencial de entrada do ar no organismo deve ser o nariz, não só por razões relacionadas com a filtração e refrigeração do ar, mas também pelo impacto que as alterações desta função podem ter no desenvolvimento craniofacial da criança.
O ato de respirar pela boca obriga a que a língua se mantenha numa posição baixa, o que pode causar alterações no estado e funcionalidade desta estrutura, alterações na dentição como apinhamentos e maloclusões dentárias, alterações posturais e alterações no desenvolvimento ósseo, por exemplo da mandíbula e do palato duro.
A alteração do estado e/ou funcionamento destas estruturas pode facilmente refletir-se no modo como a criança articula os sons da sua língua, ou seja, o modo como fala.
A respiração oral é decorrente de múltiplos fatores, estruturais e/ou funcionais, que podem causar uma obstrução nasal completa ou incompleta. Quando a respiração oral surge em períodos curtos e associada ao estado de saúde da criança no momento, não há razão para alarmismos. Contudo, estejamos atentos se este não é um comportamento que perdura.
~ Face longa e estreita;
~ Olheiras;
~ Bochechas descaídas;
~ Narinas estreitas;
~ Posição baixa da língua (por vezes visível fora da boca);
~ Palato (céu da boca) alto e/ou estreito;
~ Alterações na dentição (ex. mordida aberta, apinhamentos dentários;
~ Lábios constantemente entreabertos;
~ Mastigação ruidosa e com a boca aberta;
~ Sonolência/ irritabilidade;
~ Dificuldades de atenção/concentração;
~ Atraso no desenvolvimento da fala.
Se detetar sinais de alerta, procure um/a Especialista!
Inês Morais
Terapia da Fala | IPNP Saúde
*disponível em vídeoconsulta e teleconsulta
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