Doenças Degenerativas: Porquê uma avaliação Neuropsicológica?

Sabe-se que as Demências, incluídas no grupo das doenças neurodegenerativas, representam um problema de saúde pública na população mundial no que se refere ao envelhecimento.

As Demências incluem um conjunto de sinais e sintomas, caracterizados por uma perda progressiva de funções neurocognitivas, que acarretam um prejuízo nas atividades da vida diária do paciente. Atualmente, sabe-se que variáveis como a idade, o sexo, história familiar, nível de escolaridade, ou a presença de sinais depressivos são fatores de risco para um aumento da probabilidade de desenvolver algum tipo de demência.


A Doença de Alzheimer é talvez uma das doenças neurodegenerativas mais conhecidas.

Sintomas mais comuns:

✔ Alterações cognitivas: dificuldade na formação de novas memórias com prejuízo da memória de curto-prazo, desorientação temporo-espacial, dificuldade no pensamento abstrato e linguagem (e.g. dificuldade em acompanhar uma conversa ou perder o raciocínio comunicacional)

✔ Esquecimento de parte ou totalidade dos acontecimentos;

✔ Dificuldade em planear;

✔ Dificuldade em executar tarefas diárias (e.g. conduzir para locais previamente conhecidos); 

    ✔ Declínio nas capacidades visuoespaciais (e.g. dificuldades na leitura, dificuldades no  cálculo de distâncias, dificuldade em reconhecer a sua própria imagem);

A Doença de Parkinson distingue-se da Doença de Alzheimer em vários aspetos: do ponto de vista neurocognitivo é definida como a perda de neurónios dopaminérgicos na substância negra (localizada numa região sub-cortical), degeneração de neurotransmissores como o sistema colinérgico, o sistema serotonérgico e o sistema noradrenérgico.

Sintomas mais frequentes: 

✔ Aumento do tónus muscular – rigidez;

✔ Instabilidade postural;

✔ Bradicinesia (lentificação motora);

✔ Tremor de repouso;



A Avaliação Neuropsicológica

A Avaliação Neuropsicológica torna-se fundamental, de forma a estabelecer a existência e avaliação da extensão de défices cognitivos e funções que possam estar comprometidas, fazer o diagnóstico diferencial capaz de excluir a presença de tumores ou esclerose múltipla, por exemplo, ou a presença outras patologias de foro psiquiátrico. 

A avaliação permite avaliar quais as funções do encéfalo que estão preservadas e ou em défice, de modo a permitir a elaboração de um plano de intervenção com graus de complexidade distintos mediante o perfil funcional e específico de cada paciente.

Perante a confirmação de um diagnóstico de Demência, seja por consequência da doença de Alzheimer, Parkinson ou outra, importa fazer uma Avaliação Neuropsicológica, bem como ter o parecer de especialidades médicas (e.g. Psiquiatria ou Neurologia), de forma a estabilizar a evolução a sua evolução.


Saúde Mental hoje, Vida amanhã! 

Joel Teixeira 

Neuropsicologia Clínica | IPNP Saúde

 

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