Dificuldades e disfunções sexuais femininas

sexualidade, vivida na sua plenitude, é importante na saúde física e mental, e abrange o sexo, a identidade, o género, a orientação sexual, o erotismo, o prazer, a intimidade e a reprodução. É experienciada e expressa através de sensações, pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas e relacionamentos.


envolvimento sexual desejável ajuda os homens e as mulheres a conseguirem alcançar uma vida mais saudável e agradável. Em circunstâncias alteradas, podem comprometer a saúde física e o bem-estar mental da pessoa. 

 

Devido a diferentes fatores biológicos, psicológicos e sociais, ocorrem dificuldades e/ou disfunções sexuais, caraterizadas por uma alteração clínica significativa na capacidade de uma pessoa responder sexualmente ou sentir prazer sexual. 

No feminino, poderá ocorrer diferentes disfunções sexuais (APA, 2013), nomeadamente: 

+ perturbação do orgasmo feminino: dificuldade em vivenciar o orgasmo e/ou uma notória diminuição da intensidade das sensações orgásmicas;

+ perturbação do interesse/excitação sexual feminino: carateriza-se por uma diminuição de desejo sexual comparativamente com o/a parceiro/a;

+ perturbação de dor genitopélvica/penetração: dificuldade em ter relações sexuais, dor genitopélvica, medo da dor ou da penetração e tensão muscular no pavimento pélvico;

+ induzida por substância/medicamento: perturbação da função sexual relacionada com o início do uso de uma substância/ medicamento, aumento da dose ou sua descontinuação. 

+ disfunções sexuais com ou sem outra especificação: caraterizadas pelo mal-estar que os sintomas de DS causam, embora não preencham os critérios para o seu diagnóstico. 

 

Para o diagnóstico, o/a sexólogo/a explora e procura compreender, em conjunto com a pessoa, as diversas causas e fatores que influenciam o desenvolvimento de uma disfunção sexual feminina, assim como a sua manutenção ao longo do tempo. Os mais identificados relacionam-se com variáveis interpessoais e contextuais, nomeadamente as características da relação ou do/a parceiro/a, a intimidade e a proximidade entre ambos. A educação, a religião e a cultura são também importantes. 

 

No que diz respeito aos fatores biológicos, é avaliado o estado geral da saúde da mulher, a fase reprodutiva ou a ingestão de psicofármacos, como os antidepressivos, um dos fatores principais para a inibição da excitação sexual. Fatores psicológicos, como a ansiedade, a instabilidade emocional, a baixa auto estima ou acontecimentos de vida e memórias marcantes, comprometem os desejos e os pensamentos sexuais, as fantasias, e a auto e hetero-estimulação. 

 

Estas condições clínicas são muito mais frequentes do que se possa pensar, entre 19% e 56% dependendo do tipo de disfunção e, na grande maioria das situações, têm bom prognóstico. O reconhecimento dos sintomas e a procura de um/a profissional competente são os primeiros passos para a solução!

 

Nós podemos ajudar. 

 

Valéria Sousa Gomes

Sexologia Clínica | IPNP Saúde 

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