Será um AVC?

Com  o  passar  da  idade,  começamos a  preocupar-nos ainda mais com a nossa saúde física e mental, e ficamos  com  medo que nos aconteça algo. A investigação demonstra que há maior incidência de AVC nos homens e em pessoas de idade mais avançada. 


Mas afinal o que é um AVC?
 

Um AVC designado por Acidente Vascular Cerebralresulta de uma interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, que pode provocar a morte ou lesão das células cerebrais devido à falta de oxigénio. As alterações neurológicas resultantes desse processo são designadas de acidentes vasculares cerebrais devido ao facto de os vasos sanguíneos(vascular) e o encéfalo (cérebro) resultarem afetados.

 

Quais os principais sintomas para o ajudar a identificar um AVC?

- Dor de cabeça intensa e repentina;

Alterações da visão;

Perda de força num lado do corpo;

 Assimetria do rosto;

 Fala arrastada ou um tom muito baixo;

Perda da sensibilidade de uma parte do corpo;

Dificuldade em permanecer de pé.

 

Quais os fatores de risco?

Hipertensão, na qual provoca degenerescência das fibras musculares dos vasos sanguíneos;

-  Hiperlipidemia;

Doenças cardíacas, que se constituem a principal origem de embolia cerebral;

Tabagismo;

Álcool, em grandes quantidades aumenta a probabilidade de arritmias e altera os mecanismos de coagulação.

 

Qual o papel do/a neuropsicólogo/a no Pós-AVC?

Numa fase inicial, perceber quais as alterações/problemas que daí resultaram a nível neurológico/cognitivo, através de uma avaliação neuropsicológica.

 

Neste âmbito, quais os problemas neurológicos mais frequentes nos AVC? 

Artéria Cerebral Anterior:

 Hemiplegia contralateral;

 Diminuição da fluidez verbal;

 Disfunção executiva;

 Afasia transcortical motora;

-  Diminuição da capacidade de processamento mental.

 

Artéria Cerebral Média: 

 Afasias 

 Apraxia construtiva 

 Alexia 

 Agrafia 

 

Artéria Cerebral Posterior: 

 Problemas de memória; 

 Défice visual contralateral; 

 Agnosias visuais; 

 Prosopagnosia; 

 Desorientação espacial e topográfica.

 

Após a identificação das alterações/problemas causados, o que faz o/a Neuropsicólogo/a? 

É essencial que incida a sua intervenção em programas específicos de estimulação cognitiva com vista a reabilitação das funções cognitivas prejudicadas do paciente, mas também importa ter especial atenção no que diz respeito ao processo emocional e comportamental pós-AVC tanto do paciente, como das pessoas envolventes no dia-a-dia do mesmo.

 

A procura de um/a especialista é fundamental. 

 

Joel Teixeira e Marina Santos

Neuropsicologia Clínica | IPNP Saúde

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