A importância da terapia individual e de grupo nas Perturbações da Comunicação e Interação
A comunicação, algo aparentemente simples, envolve um conjunto de competências que nos permite conectar ao outro de forma a estabelecer momentos de troca de informação (verbal e não verbal) para satisfazer as nossas necessidades, partilhar experiências, aprender com a perspetiva do/s outro/s, envolvermo-nos afetivamente, evitar o isolamento, entre outras.
A compreensão, o uso e a resposta adequada à comunicação e ao ato interativo podem ser desafios genuinamente difíceis para crianças, jovens e adultos com perturbações da comunicação e interação, como nas Perturbações do Espetro do Autismo (PEA).
Tornam-se fundamentais estratégias de ação e movimentos que visem a oportunidade e uma integração efetiva na sociedade.
A terapia individual e de grupo irá permitir um conjunto de experiências e opções que vão de encontro às necessidades específicas de cada um/a, com respeito pelas suas singularidades, no sentido da cooperação e relação recíproca.
TERAPIA INDIVIDUAL
O apoio individual tem como objetivo o estabelecimento de uma relação terapêutica que permita intervir nas múltiplas alterações do desenvolvimento frequentemente afetadas na Perturbação do Espectro do Autismo (PEA): sociais e emocionais, da comunicação verbal e não verbal, da linguagem, dos aspetos cognitivos, do processamento da informação sensorial e motora. Com base na avaliação inicial, pretende-se promover as competências essenciais, assim como o apoio aos pais, de forma a permitir a melhor adaptação possível aos contextos de vida da criança, adolescente, adulto e da família.
TERAPIA DE GRUPO
Os grupos terapêuticos apresentam como objetivos gerais a aquisição e treino de competências de autonomia, de comunicação recíproca, interação, compreensão social e emocional. Deste modo, desenvolve-se a exploração destas competências através de estratégias como a tomada de perspetiva do outro, tarefas de adequação das competências de comunicação e interação com os outros, dramatização, resolução de problemas, tarefas de comunicação não verbal, atividades lúdicas em equipa, entre outras. Progressivamente, procura-se promover a generalização destas competências nos diversos contextos de vida destas crianças e jovens, possibilitando um desenvolvimento mais harmonioso. Os grupos incluem objetivos baseados nas necessidades individuais de cada um, sendo organizados em pequenos grupos de acordo com as suas competências e dificuldades, ao nível do comportamento e da comunicação verbal.
Proporcionar diferentes oportunidades de interação é um grande passo para uma maior autonomia e para a criação de um lugar de igualdade na sociedade!
Teresa Brandão e Olímpia Moreira
Uni_PEA |Psicologia Clínica e Terapia da Fala
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