Desde cedo, à medida que tirava o
meu curso, imaginava-me a trabalhar com crianças mais do que com adultos, por
intuir que com as crianças o desenvolvimento conduzia à superação. O adulto por
seu lado, teria um funcionamento mais rígido e as problemáticas seriam outras.
A minha aposta era prevenir. Hoje em dia trabalho com adultos e crianças,
compreendo melhor o que os move, mas renovei a minha esperança e convicção da importância
da terapia com o adulto.
Na verdade, a criança tem maior capacidade de recuperação do que um adulto,
devido à plasticidade do seu desenvolvimento. Contudo, naturalmente, as capacidades
são variáveis e dependem muito do contexto familiar e social. “A capacidade de uma criança superar sintomas depende
muitíssimo de como ela se sente apoiada no seu mundo familiar” (M. Andolfi). E não nos podemos iludir, também existe um impacto negativo através
da excessiva proteção dos adultos, que não permitem à criança ver e
experimentar a sua competência.
Fazer Terapia
Familiar significa acolher um problema, muitas vezes de um indivíduo,
e utilizar a família como um recurso. A Terapia Familiar com crianças
permite, entre outras coisas, recriar as pontes entre os pais e a
criança.
Hoje com maior convicção percebo
que os monstros existem nas crianças e adultos, que foram crianças. É preciso
reconhecer os monstros, ressignificá-los e transformá-los! “Para ter menos medo dos próprios monstros é sempre melhor vê-los do que imaginá-los”
Maria
Emanuel Moreira
Terapia
Familiar | IPNP Saúde
Muito bom. Parabéns! Manuel Moreira
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