Na família todos se sentam à mesa, os pais e os filhos
Se parar meio minuto para pensar sobre funções parentais, quais identifica
primeiro?
Quanto tempo mais é necessário para
acrescentar as que faltam? Quais emergiram primeiro? As que têm por base as
necessidades dos filhos ou as dos pais?
As funções não ficam num contrato
previamente definido. (Ainda bem…) No entanto, não se resumem a nutrir o corpo
de alimento e afeto… Estas funções variam ao longo do tempo, das fronteiras,
das possibilidades e ambições. As funções parentais existem nas narrativas
sociais mas são também muito pessoais.
No meio disto… As pessoas correm risco,
quando os diálogos se tornam monólogos, nos cafés, nas casas, nos consultórios,
nos ecrãs. As funções parentais
precisam ser pensadas e encaradas pelo próprio, que em consciência
define para si e para os seus, com os seus, a base da relação.
Confesso-me entusiasmada com o
investimento a que assistimos na parentalidade, mas na mesma medida em
sobressalto com o outro prato da balança.
As estratégias dão jeito, mas de pouco
servem quando falta intenção. Não se basta a si próprio cada pai, cada mãe,
cada cuidador. No entanto, quando se assumirem, façam-no por inteiro, assim, presentes ou ausentes, os vossos filhos sabem o vosso lugar dentro deles.
No seio das famílias surgem tantas vezes
sintomas com impacto em toda a família e sua dinâmica. A Terapia Familiar surge como uma resposta possível, no sentido de (re)ativar competências e recursos
existentes.
Deixo já agora uma recomendação de
leitura, publicada recentemente, o
“Manual de Terapia Familiar: Teoria, Avaliação e Intervenção Sistémica”,
dirigida a estudantes e profissionais de Psicologia, Medicina, Serviço Social e
Enfermagem, bem como a todos os interessados no tema.
Não havendo lugar à perfeição, mas antes
à curiosidade constante e ampliação do pensamento, fique em aberto o caminho à
descoberta pessoal e ao significado das relações.
Terapia Familiar| IPNP
Saúde
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