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  “Nunca amamos excessivamente uma criança.” __Francine Ferland Já muito se tem escrito sobre o mito de não existir “mimo a mais” mas há ideias de tal forma enraizadas culturalmente que são difíceis de desconstruir. Com a agravante de que esta assenta sobretudo num mal entendido: a diferença entre mimar e colocar limites . Colocar limites é saber quando dizer “não”, que não é um “não” arbitrário, só porque sim. É um “não” porque “não podes, porque te magoas”. Como refere Coimbra de Matos, “não é preciso pôr limites, basta mostrar à criança que a realidade tem limites ”: não poder atravessar a estrada sozinho porque pode ser atropelado; não colocar a mão no fogão porque se queima; ou não poder comer demasiados doces porque fica com dor de barriga. Mas, e mimar o que será ? Mimar é dar colo . Quando a criança chora e quando ri, quando pede, quando precisa. Mimar é o brilho no olhar dos pais quando assistem maravilhados a cada nova palavra, a cada riso, a cada nova construção ou desenh

Sexualidade infantil: Educar para a sexualidade pode acelerar a entrada precoce na vida sexual?

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Este receio, outras vezes mesmo uma convicção, não poderia estar mais afastada da evidência prática. É amplamente conhecido que a educação sexual desde cedo, com uma comunicação regular positiva e informação adequada a cada etapa do desenvolvimento, é a chave de uma vivência responsável, consciente e integrada da sexualidade, com maiores e melhores capacidades de tomada de decisão e menores experiências de risco e/ou abusivas. A curiosidade sexual infanto-juvenil é um processo importante e necessário para o conhecimento e integração mental do corpo, da relação consigo próprio/a e com os outros. Crianças pequenas interessam-se imenso pela gravidez e os bebés e não propriamente no ato sexual em si. São exercícios de compreensão das suas origens, do seu Eu e da sua identidade.     Progressivamente aprendem acerca do corpo, do sexo, da sexualidade e da intimidade, através dos pais, educadores, professores, amigos, dos  media , do mundo. Muitas vezes de forma incompleta, distorcida e envolt

Tive (tenho) um AVC, TCE, uma demência ou uma outra doença neurológica. E agora?? 🧠🤷

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AVC (acidente vascular cerebral), TCE (traumatismo crânio-encefálico) demência (ex.: doença de Alzheimer, demência vascular, doença de Parkinson,...), Esclerose Múltipla, Tumor Cerebral, Epilepsia, são algumas das condições clínicas em que uma intervenção neuropsicológica especializada se revela de extrema importância e necessidade.   Estas perturbações envolvem, habitualmente, alterações cognitivas, motoras, emocionais, comportamentais, funcionais, ambientais e/ou sociais, muito exigentes, que implicam uma grande necessidade de adaptação e ajustamento, não só da própria pessoa, mas também dos que a rodeiam.    São doenças que exigem, a maior parte das vezes, cuidados acrescidos e específicos por parte dos que são mais próximos, dado o compromisso que ocorre ao nível da capacidade de autonomia/independência, na realização das atividades diárias, que pode ser mais ou menos grave, mais ou menos acentuado, mais ou menos duradouro.    A reabilitação neuropsicológica traduz-se num conjunto

SABIA QUE A PSICOTERAPIA É ESSENCIAL PARA O TRATAMENTO DA DEPRESSÃO?!

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Uma evidência científica mais que confirmada!   Mudanças efetivas no funcionamento cognitivo, afetivo, interpessoal, com pensamentos mais funcionais e adaptativos, maiores capacidades de regulação emocional e de satisfação com a vida têm sido amplamente documentadas.  Inclusive, os estudos de neuroimagem identificam alterações neurofuncionais após a psicoterapia. Buchheim e colaboradores (2012), por exemplo, revelaram mudanças a nível do sistema límbico (hipocampo, amígdala, giro cingulado) e do córtex pré-frontal, regiões cerebrais implicadas no circuito de reatividade e regulação emocional e comportamental, em pessoas diagnosticadas com depressão, após 15 meses de psicoterapia psicodinâmica. ( https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0033745#s1 )   Mas então porque é que a psicoterapia para muitos continua, ainda, a ser o último recurso a considerar ou a nem se colocar como possibilidade? Porque com frequência não é considerada  um tratamento/especialidade, i

Um cérebro que se diverte e que, por isso, cresce! 🧠 🎲 🧮 🤸‍♂‍

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💭 Será que o tempo de férias, que idealmente deve ser concebido como relaxante, pode ser também propício à estimulação cognitiva? O funcionamento cognitivo corresponde ao modo como o nosso cérebro perceciona, aprende, assimila, pensa e memoriza um determinado conteúdo, experiência ou conhecimento que conseguimos adquirir através dos nossos sentidos. É a partir desta interação com o mundo que a rodeia, contactando e conhecendo objetos, animais, pessoas, que a criança se desenvolve cognitivamente. A estimulação cognitiva idealmente deve ser concebida como uma atividade lúdica como jogos de tabuleiro, jogos com o corpo, labirintos, quebra-cabeças, pinturas, desenhos, entre muitos outros exemplos, com o objetivo de desenvolver e aprimorar competências. Este tipo de tarefas deve ser capaz de ativar funções como a linguagem, funcionamento executivo, motricidade, perceção ou memória que constituem a base da aquisição de competências associadas a funções cerebrais superiores, garantindo ass