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O PAI: o de antes e o de agora!

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Na primeira metade do século XX, o pai assumia o papel de provedor da família. Trabalhava para sustentar a mulher e o/s filho/s, e os laços afetivos com este/s eram praticamente inexistentes e delegados noutros. A expressão de afeto, quando ocorria, era mal interpretada e muitas vezes vista como sinónimo de pouca virilidade.   No Ocidente, a forma como as famílias se organizam e os valores têm mudando significativamente. O pai de hoje representa uma geração em "transformação ou mudança", com heranças e novas perspetivas. Os pais têm cada vez mais modelos de referência e, consoante as oportunidades existentes ou criadas, procuram diferentes formas de exercer o seu papel e encontrar felicidade, bem-estar e realização.   Assim como a família passou por diferentes transformações, o papel de pai têm-se vindo a alterar. E as principais evidências da investigação reforçam um papel único do pai no desenvolvimento da criança. Os pais tendem a concentrar-se mais do que as mães na prepa

GamEmotion ON

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A adolescência é o período do desenvolvimento humano em que uma multiplicidade de estímulos físicos, afetivos e sociais concorre para a complexa maturação física e mental, acarretando dificuldades e desafios particulares.   Esta fase da vida é de tal modo importante, que se torna pertinente a sua monitorização em termos de saúde mental, pois fragilidades ao nível da autoestima e da perceção de si mesmos podem gerar alterações emocionais, configurando em alguns casos, perturbações de ansiedade e depressão. As mudanças físicas, cognitivas, neurológicas, emocionais e relacionais, sucedem-se a um ritmo de tal forma acelerado, que exige aos/às adolescentes um contínuo e intenso esforço adaptativo. Não é, por isso, em vão, que muitos optem por se “esconder” atrás de videojogos, onde podem assumir papéis e personalidades distintos, e ser Outros, para além de Si mesmos.  A maioria dos estudos debruça-se sobre os impactos negativos dos videojogos, associando-os a uma menor competência social, c

Perturbação de stress pós-traumático em crianças: Quais as causas e sintomas?

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As crianças têm uma extraordinária capacidade de adaptação e, em situações até bastante difíceis, recuperam bem e rápido, integrando o acontecimento de forma ajustada. No entanto há eventos que, pela sua intensidade e/ou duração, conduzem a criança a experienciar níveis elevados de stress e de sofrimento, como a ameaça de morte ou morte de um parente ou amigo próximo, exposição a circunstâncias de violência, situações prolongadas de confinamento, afetando o acesso à educação, à socialização e à proteção, deixando-as muitas vezes expostas a ambientes familiares violentos e/ou caóticos. Adicionalmente tem-se verificado que, no contexto atual de pandemia, que tem sido longa e envolta em eventos extremamente stressantes, algumas crianças pequenas expressam um medo intenso de infeção, temendo pela sua própria saúde e/ou de infetarem outras pessoas, principalmente membros da família. Este medo intensifica-se quando experimentam algum sintoma físico que possa estar relacionado com a doença, p

Ansiedade na criança: qual o envolvimento dos pais na terapia?

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A pandemia tem conduzido a um aumento evidente das situações de ansiedade. Habitualmente, quando são as crianças a manifestar sintomatologia ansiosa, os pais tendem a procurar o apoio de um/a especialista que ajude a criança a lidar com os seus sentimentos e receios, de modo a reencontrar o seu bem-estar psicológico.    A tónica do problema é, por isso, muitas vezes, colocada na criança. A família apresenta um discurso centrado na criança e na sua dificuldade em alterar o seu comportamento e estado de humor.   Como ajudar esta criança? Será a intervenção exclusiva com a criança suficiente? A Terapia Familiar vê a família como um sistema vivo em permanente mudança e interação com o seu contexto, assumindo a relação entre os seus elementos particular importância. Deste modo, a preocupação do terapeuta não é a patologia da criança ou a “disfuncionalidade” da família, mas sim, todos, a criança, a família e, eventualmente, os outros sistemas afetados pelo problema.   Optamos, assim, por uma

Qual o impacto da infeção por Covid-19 no cérebro?

Convite a clínicos! O Neuro Bate-Papo, grupo de Intervisão em Neuropsicologia , vai retomar os seus encontros! O tema em discussão será o impacto do Covid-19 no cérebro. Pretende-se refletir acerca do c orpo de evidências científicas que tem vindo a surgir acerca das áreas cerebrais e funções cognitivas mais fragilizadas pelo vírus, ilustrando com vinhetas clínicas. Atenção | Nova data: Reserve a data:  30 de abril 2021 | 20h | online Gratuito com inscrição obrigatória. Exclusivo a clínicos. Inscreva-se aqui: https://forms.gle/PySPpF9Xo6P152Lv8 Especialidade de Neuropsicologia Clínica | IPNP Saúde  

Benefícios da Terapia Ocupacional na Demência

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A Terapia Ocupacional assenta no pressuposto de que a participação e o envolvimento em ocupações, estrutura a vida diária e contribui para a saúde, funcionalidade e bem-estar da pessoa (Townsend & Polatajko, 2007; Marques & Trigueiro, 2011).    Na sua atuação, o Terapeuta Ocupacional, como técnico de saúde, age como um facilitador que estimula competências e funções, para que as capacidades remanescentes sejam mantidas o maior período de tempo possível (Almeida, 2011).   Assim, tem como objetivo maximizar envolvimento e participação da pessoa com Demência nas suas ocupações significativas, promovendo resultados positivos ao nível do/a:  -  Desempenho Ocupacional -  Competência nos papéis de vida -  Satisfação da pessoa -  Adaptação do ambiente -  Saúde e bem-estar  -  Qualidade de vida. Manter a máxima qualidade e satisfação com a vida, encontrar novas formas de dar significado à mesma e potenciar as competências existentes são os princípios basilares na nossa intervenção.    N

As leis do amor

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Em terapia, “podemos melhorar a comunicação?” e “encontrar espaço para o amor e confiança?” Sue Johnson, a ciência e a minha experiência clínica dizem que sim. Veja mais aqui: “Um relacionamento de amor é uma dança constante, de sintonização mútua, de momentos de encontro.” Dito assim soa fácil, harmonioso, para outros difícil, impossível.  A verdade é que também  “há espaço para as falhas, mágoas, depois reparação e nova conexão” .  Um relacionamento de amor é uma descoberta… algo em que tantas vezes vale a pena refletir e investir. Maria Emanuel Moreira Terapia de Casal e Familiar | IPNP Saúde

Violência nas relações de intimidade: efeito COVID-19

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A violência nas relações de intimidade (VRI) é uma problemática de saúde pública e uma violação contra os direitos humanos. É definida como qualquer comportamento abusivo na relação íntima que incluiu perseguição, violência física, sexual e/ou psicológica.   Como ocorre e qual o impacto? A VRI pode ser praticada pelo parceiro íntimo atual ou anterior, sendo este cônjuge ou não. São exemplos: o bater ou pontapear, a relação sexual forçada, a intimidação ou humilhação constantes e comportamentos de controlo como o  stalking  (Organização Mundial de Saúde [OMS], 2012), que podem agravar-se ao longo da relação.   Dramaticamente encontra-se associada a um aumento da morbilidade e mortalidade, sobretudo feminina (Campbell et al., 2007; Miller & McCaw, 2019). As consequências físicas e psicológicas abrangem lesões e dor crónica, problemas gastrointestinais e ginecológicos, stresse, ansiedade, depressão, ideação suicida e/ou abuso de substâncias (Campbell, 2002; Coker et al., 2002; Karakur

Tu também tens medo?

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Todos nós já sentimos medo. À medida que crescemos, que exploramos o mundo e vivemos novas experiências é quase inevitável não sentirmos receio.    Ao longo do crescimento, o medo toma diferentes formas: do escuro, de animais, de estranhos, de fantasmas, da perda da mãe ou do pai, da rejeição... São desafios com os quais todos nos fomos confrontando. O medo é sinónimo de desenvolvimento e da maior consciência que temos daquilo que nos rodeia, da nossa vulnerabilidade, e a sua tendência é para que se resolva e ultrapasse. Contudo, há fatores, quer sejam de natureza biológica, familiar ou dos contextos, que podem comprometer o desenvolvimento da criança, levando-a a evidenciar dificuldades na capacidade para gerir as situações e tornar o medo mais extremo e persistente, podendo gerar quadros de natureza fóbica.  Apesar de algumas crianças experimentarem situações assustadoras em alguns momentos, fobias severas e duradouras poderão levar a complicações de desenvolvimento e de ajuste emoci

Disfunção de Integração Sensorial

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Neste vídeo Susanne Smith Roley enumera alguns dos sinais que poderão indicar a existência de Disfunção de Integração Sensorial.   Torna-se difícil explicar como se manifesta esta disfunção, dado que não existem duas crianças em que as alterações sensoriais se expressem da mesma forma.    Normalmente, os pais/cuidadores são os primeiros a constatar que o desempenho dos seus filhos, nas diversas ocupações diárias, é diferente das outras crianças. No entanto, os profissionais que contactam diariamente com crianças e a comunidade em geral, devem ter conhecimento do impacto da Disfunção de Integração Sensorial na funcionalidade e qualidade vida, para que o encaminhamento para a Terapia Ocupacional seja realizado atempada e eficazmente.    Em caso de dúvida, não hesite em procurar um/a Terapeuta Ocupacional com especialização em Integração Sensorial.   No IPNP Saúde podemos ajudar.    Olívia Campos Terapia Ocupacional | IPNP Saúde 

Cuidar de quem Cuida

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Os Psicólogos, Terapeutas e Técnicos Especializados com intervenção em contexto escolar assumem um papel importante junto de cada um dos agentes educativos. No meio de tantas questões, urge que não esqueçam, também, do papel a desempenhar junto de si mesmos, por forma a poderem continuar a ser uma mais-valia para a sua comunidade educativa, é necessário que cuidem do seu bem-estar.   Pela importância e valor inegável, que estes profissionais assumem em contexto escolar, nunca é de mais relembrar:  •  Não esquecer de validar os seus próprios sentimentos: é natural sentir ansiedade, medo, frustração, culpa, exaustão ou incapacidade.  •  Cuidar de si, sem sentimento de culpa por reservar tempo para isso. Este “cuidar” é essencial à manutenção da sua capacidade de cuidar dos outros. Descanse, faça pausas, alimente-se de forma saudável, faça exercício físico regular, mantenha contacto com familiares e amigos por videochamada, e procure ter tempos para atividades de lazer

Quanto mais me bates...

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Estamos no mês do amor, dos/as namorados/as, o mês onde celebramos as relações. Um relacionamento, seja de que natureza for, pressupõe confiança, honestidade, respeito, igualdade e compromisso. Uma relação de foro mais íntimo e amoroso deverá, por certo, assentar no mesmo pressuposto. Todas as relações são únicas, todas diferentes e por vezes com sinais que são ignorados... como são alguns sinais latentes nas relações mais abusivas e violentas. Nestes relacionamentos existem padrões pouco saudáveis e muito  invasivos  que têm como objetivo o controlo e poder sobre as vítimas, muitas vezes e por mais evidentes que sejam os sinais, estes são difíceis de reconhecer.  É cada vez mais comum identificarmos sinais de violência nos relacionamentos afetivos dos mais jovens, que t razem um impacto negativo ao seu desenvolvimento, repercutindo na forma como se veem, como se colocam em perspetiva e de como se irão relacionar no futuro.  Em Portugal “ 58% de jovens que namoram ou já namoraram sofre

Orientação Vocacional @Distância? Porque não?!

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O processo de  orientação vocacional e de carreira  é um processo dinâmico com o qual muitos jovens se debatem neste momento: quer a tomada de decisão pela área ou tipologia de curso a seguir no ensino secundário, quer do curso a seguir após o ensino secundário ou mesmo uma possível reorientação de carreira.    Associada a um processo de orientação vocacional surge também, frequentemente, a ideia de que é preciso ter certezas para poder decidir, o que provoca muitas vezes sentimentos de dúvida, ansiedade e insegurança. Neste sentido, recorrer a um apoio especializado pode ajudar a construir um projeto de vida que favoreça a sua identidade pessoal e uma maior autonomia e segurança na tomada de decisão e na sua relação com o mundo do trabalho.   Sendo esta uma tarefa complexa, associada ao momento atípico que todos estamos a viver é importante perceber que continuamos por aqui, para o/a ajudar e para que não viva todo este processo sozinho/a. No IPNP reestruturamos a nossa intervenção

Uma pandemia lenta e silenciosa

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Paralela a esta pandemia tem surgido uma outra que lenta e silenciosamente tem sido galopante no impacto que tem tido em muitos de nós. Estamos a falar da pandemia de saúde mental que tem feito disparar os pedidos de ajuda nesta área.    Naturalmente que este dado é também revelador de uma maior sensibilização para o facto de que estando bem, sentimo-nos mais capazes para gerir as exigências familiares e profissionais, e os desafios que o confinamento nos vai colocando.    Contribui para este aumento também uma diminuição do estigma associado à psicologia e à psiquiatria, que por vezes são associadas a aspetos negativos. Na verdade, é necessária uma grande capacidade de reflexão e autoanálise para percebermos que não estamos bem e que nos motiva a pedir ajuda.   Por outro lado, podemos refletir sobre os vários motivos para o disparar da patologia na saúde mental, desde as consequências do distanciamento físico da família e amigos, às quebra de rotinas e do estilo de vida, instabilidade

O papel da Terapia Ocupacional na Demência

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A abordagem da Terapia Ocupacional pretende capacitar a pessoa para o envolvimento e desempenho satisfatório das suas ocupações no que diz respeito ao autocuidado, lazer e produtividade, de forma a promover a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida.   Sempre centrada na pessoa, nos seus interesses e necessidades, assim como nas ocupações significativas e no ambiente que a rodeia , a avaliação e intervenção podem ser realizadas no domicílio, em contexto clínico e em lares ou centros de dia. A Terapia Ocupacional assume um papel essencial na vida da pessoa com demência de forma a: ·      Capacitar para o desempenho das suas ocupações significativa s através do treino de atividades de vida diária (alimentação, vestir e despir, higiene pessoal e cuidar de dispositivos pessoais) e atividades de vida diária instrumental (preparação de refeições, gestão e manutenção da habitação, gestão financeira, gestão e manutenção da saúde, mobilidade na comunidade e prática religiosa)   ·      Auxiliar